Como
o movimento antivacina se utiliza das fake news
e gera desinformação sobre as vacinas?
Em
tempos de popularização
da internet, das tecnologias de informação
e comunicação e das redes sociais, temos
não só um aumento de informações
disponíveis como também um reposicionamento
das pessoas em relação à informação
e as suas formas de circulação na sociedade.
Se, por um lado, a facilidade de acesso às redes,
a possibilidade de qualquer pessoa ser produtora de conteúdo
e a velocidade de propagação das informações
trazem muitos benefícios para a sociedade, por outro,
também causam malefícios, como o fenômeno
da desinformação.
Esse fenômeno tem afetado os mais diversos âmbitos
da nossa sociedade, desde a política até as
questões de saúde pública.
Especificamente
na área da saúde nos deparamos com a disseminação
de notícias
falsas relacionadas à vacinação,
muitas delas fortalecendo o movimento
antivacina. Apoiadores desse movimento utilizam-se dos
mais variados argumentos
para levar a população a desacreditar na eficácia
da vacinação.
Uma
característica
das práticas de desinformação é
a utilização de linguagem especializada, de
referências supostamente acadêmicas ou de menções
a pesquisas científicas cuja confiabilidade e resultados
já foram contestados para veicular informações
contrárias aos fatos
científicos. Essa estratégia é
utilizada para confundir e persuadir os leitores.
A
circulação dessas informações
– falsas, errôneas ou incompletas – prestam
um desserviço para nossa sociedade, pois ignoram
a
importância e a necessidade individual e coletiva
de se vacinar. As campanhas de vacinação
foram responsáveis pela erradicação
de muitas doenças pelo mundo.
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