Para
conter a propagação do novo coronavírus
têm sido discutidas estratégias de isolamento
vertical e horizontal, também denominadas distanciamento
social seletivo e ampliado, respectivamente.
No
isolamento horizontal fica restrita a circulação
de pessoas, com exceção daquelas que desempenham
atividades essenciais, como profissionais de saúde,
de segurança pública, de limpeza urbana,
entre outros. Estas medidas são importantes para
diminuir a velocidade de propagação do vírus
e evitar o colapso
do sistema de saúde. O isolamento vertical
é uma estratégia que impede a circulação
de pessoas que fazem parte de grupos vulneráveis,
como idosos ou doentes crônicos. Ele é defendido
sob o argumento de que a manutenção da atividade
laboral é essencial para a economia no sentido
de evitar um possível colapso
econômico.
Tem
havido muito debate e controvérsia em torno de
qual modelo adotar. Ambas
medidas têm sido utilizadas de forma intercalada
levando em consideração tanto a dinâmica
de crescimento da curva de contágio quanto
fatores políticos
e econômicos. Entretanto, a Organização
Panamericana de Saúde (OPAS),
escritório regional da Organização
Mundial da Saúde (OMS)
na América Latina e Caribe, é categórica
ao reforçar a
importância da adoção do isolamento
horizontal. Economistas
também têm questionado a premissa que
o isolamento vertical evitaria uma recessão econômica,
sendo que alguns até defendem o
isolamento social como uma medida que mitiga as perdas
na economia.