É possível resolver a seca no Nordeste?

A seca caracteriza-se como um período de tempo seco, prolongado o suficiente para que a ausência, deficiência acentuada ou fraca distribuição da chuva provoque grave desequilíbrio hidrológico.

Vale lembrar que, apesar das condições desfavoráveis provocadas por grandes períodos de seca, existem regiões que apresentam naturalmente baixa pluviosidade, devido aos fatores climáticos. Como exemplo, podemos mencionar o Nordeste brasileiro, no bioma Caatinga, considerado uma região de clima semiárido.

A seca no Nordeste é resultado de um relevo que desfavorece a circulação de massas de ar úmidas, ocasionando um índice pluviométrico variável de 300 a 800 milímetros por ano. Além disso, está situado em uma área de latitude equatorial, com maior incidência de raios solares e, portanto, com maiores temperaturas. Outro fator relacionado é a ausência de rios caudalosos, o que dificulta a evaporação e a consequente precipitação em nível local. Existe, ainda, uma “indústria da seca” para atrair verbas federais, que beneficia grandes proprietários, em detrimento da grande massa da população.

Em Israel, referência mundial de combate à seca, metade da água consumida no país vem da dessalinização e do esgoto tratado. Estas tecnologias têm sido utilizadas no Brasil e podem auxiliar no enfrentamento à seca no sertão nordestino. Além disso, há formas da sociedade auxiliar na mitigação dos efeitos da seca no nordeste. Algumas delas estão em ações básicas, como no uso consciente de água e de energia elétrica, e na prevenção de incêndios e queimadas.

Links para aprofundamento conceitual e sugestões para elaboração de atividades didáticas

  • Realizar um projeto interdisciplinar sobre as possíveis relações entre a seca do Nordeste e a transposição do rio São Francisco.
  • Discutir a temática da seca no Nordeste a partir da literatura (Vidas Secas, de Graciliano Ramos), da música (Asa Branca, de Luiz Gonzaga) e do cinema (Lavoura Arcaica, dirigido por Luiz Fernando Carvalho).