É
possível transformar água de esgoto em água
potável?
Há
uma grande preocupação dos usuários,
entidades civis e poder público, no que diz respeito
à distribuição e ao acesso
à água potável para a população.
O elevado consumo em atividades
agro-industriais, a poluição,
a contaminação e eventuais desperdícios
contribuem para o cenário
de crise hídrica apontado, já em 2018,
pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
O
tratamento e reúso da água de esgoto são
alternativas viáveis para evitar o desperdício
e promover o reaproveitamento deste recurso. Após
passar pelo tratamento
convencional nas Estações de Tratamento de
Esgoto (ETE), a água residuária –
proveniente dos usos domésticos, industriais e de
infiltração – é submetida a diversos
processos, como a osmose
reversa, que propiciam o reúso.
Existem
dois tipos de reúso de água: indireto
e direto. O reúso indireto ocorre quando os efluentes,
após o tratamento, são lançados nos
corpos de águas superficiais ou subterrâneas.
Já o reúso direto se dá quando os efluentes
tratados são direcionados de seu ponto de descarga
até o local de reúso.
Estados
Unidos, Israel, Singapura e diversos países europeus
têm adotado tecnologias, como os reatores biológicos
de membranas, que removem, por ultrafiltração,
partículas microscópicas com o intuito de
transformar água
de reúso em água potável. O reúso
direto, isto é, para fins potáveis, envolve
investimentos e custos que podem ser inviáveis para
países cuja industrialização ainda
é pouco avançada, pois demanda tecnologias
e sistemas de controle sofisticados para a remoção
de poluentes emergentes (microplásticos, disruptores
endócrinos, fármacos, aditivos e agentes industriais
etc).
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